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REVIEW: DRIVE TO SURVIVE NA VISÃO DE UM FÃ

A Fórmula 1 é, sem dúvida, o maior esporte de todos os tempos, a verdadeira elite do automobilismo, o objetivo de todos os pilotos que aspiram a chegar ao topo, seja nas categorias de base ou com o sonho de um dia fazer parte da história.

Reprodução - Netflix 

A Netflix, sendo uma das maiores plataformas de streaming do mundo, não poderia deixar de lançar uma série sobre a Fórmula 1. E, para nossa surpresa, "Drive to Survive" surgiu como um verdadeiro fenômeno.

Chegamos à sétima temporada de "Dirigir Para Viver", e, sim, é isso mesmo! Os pilotos fazem todo o espetáculo por nós, garantindo que a cada final de semana tenhamos um show de velocidade, emoção e tensão.

A última temporada prometia muito, mas parece que não entregou tudo o que esperávamos. Aqueles que estavam ansiosos para descobrir como Lewis Hamilton tomou a decisão de deixar a Mercedes, terão que esperar pelo documentário do próprio piloto para essa resposta.

Em alguns momentos, fica a dúvida se a Netflix tentou amenizar a situação de Christian Horner diante da acusação de assédio. A série exibe cenas dele ao lado da esposa, reforçando a imagem de que seu casamento permaneceu inabalável.

Toto Wolff, por sua vez, não escondeu seu desejo de ter Max Verstappen em sua equipe. Durante toda a temporada de 2024, isso ficou claro, e a série não fez questão de disfarçar. Mas a grande questão que fica é: será que Verstappen consideraria ir para a Mercedes, mesmo após ter visto de perto o que Hamilton passou?

As trocas de Carlos Sainz e as movimentações no mercado de pilotos trouxeram à tona uma realidade da Fórmula 1: a vida nesse esporte é uma verdadeira roda-gigante. Você pode começar embaixo, subir até o topo, cair de repente ou passar um tempo no meio do caminho, sem saber o que virá a seguir.

Também fica a sensação de que a batalha de Sergio Pérez para manter seu lugar na Fórmula 1 não foi explorada como poderia. A série não mostra bastidores tensos, conversas difíceis com Christian Horner ou Helmut Marko, nem momentos em que o próprio piloto compartilha suas inseguranças. Não há cenas fora da pista que tragam uma visão mais profunda de sua luta, deixando um vazio na narrativa sobre seu futuro na Red Bull.

A ausência dos saudosos comentários de Will Buxton, com seu tom dramático, com certeza será sentida. Afinal, toda série ou filme precisa de momentos que nos tragam emoção, e ele sempre soube como fazer isso.

Descobrir que Kimi Antonelli tem um urso de pelúcia gigante com o nome do seu atual chefe de equipe foi, no mínimo, curioso. Mas nada superou assistir às voltas de Antonelli no carro e ver Toto Wolff ignorando uma ligação do presidente da FIA porque, convenhamos, acompanhar o teste do jovem piloto era muito mais interessante. E sejamos sinceros, qualquer um preferiria assistir algumas voltas rápidas a ter uma conversa burocrática com a FIA.

Lando Norris e Max Verstappen, por mais que estivessem trocando disputas acirradas na pista, nunca deixaram que isso afetasse sua amizade. As caronas de jatinho e os momentos fora das corridas mostraram o quão forte é a relação entre eles.

O Brasil, finalmente, ganhou o merecido destaque, mas com isso também veio a lembrança de como a Fórmula 1 pode ser um esporte perigoso, onde cada detalhe é crucial. Oliver Bearman, em várias situações, se questionou se a melhor decisão seria parar, e todos sabemos como Interlagos pode ser traiçoeiro quando a chuva entra em cena.

A disputa da McLaren no Mundial de Construtores foi exatamente como imaginávamos. A batalha pela prioridade na equipe foi intensa, e logo na próxima corrida, Norris não conseguiu mostrar o trabalho esperado, mas, ao final, a sequência de corridas foi favorável ao britânico.

A vitória de Leclerc em Mônaco, por sua vez, foi um dos momentos mais emocionantes da temporada. Mesmo assim, não escapamos de mais uma cena de Pascale Leclerc cortando o cabelo do filho. Leo, o cachorro de Leclerc é um dos destaques.

A ideia da Netflix de entregar uma câmera aos pilotos foi bem recebida, mas talvez uma maior rotatividade na próxima temporada tornasse tudo ainda mais interessante. Seria ótimo se todos os que aceitam participar tivessem a chance de viver um dia como vloggers, mostrando sua rotina de uma forma mais autêntica.

Flávio Briatore, como sempre, não teve pena de ninguém, até mesmo quando o assunto era o café da região. Ele não poupou críticas a Ocon, mas, por outro lado, deixou claro que o futuro de Jack Doohan está em suas mãos e qualquer erro poderia custar sua vaga.

Com a chegada de novos pilotos e as saídas de outros, a Fórmula 1 segue nos ensinando o que já sabemos: não há espaço para "caridade". O esporte não tem dó ou pena de ninguém. Se for necessário demitir ou rebaixar, os sentimentos ficam em segundo plano, pois o que realmente importa são os milhões de dólares que circulam neste ambiente.

A próxima temporada tem potencial para melhorar em muitos aspectos, especialmente nos bastidores. Embora assuntos que a maioria dos fãs não se interessa tenham sido abordados repetidamente, e algumas cenas poderiam ser trocadas por momentos mais interessantes, ao menos o Brasil teve mais destaque, com narração de Ivan Bruno e mais tempo de tela do que jamais teve antes.

Como considerações finais, podemos dizer que esta temporada se tornou cansativa de assistir, pelo menos de acordo com o que alguns fãs comentaram nas redes sociais. Não é como se não tivéssemos grandes momentos para serem explorados—na verdade, tivemos. Mas muitos deles foram deixados de lado para que a série priorizasse outros temas que nem sempre foram os mais interessantes.