google-site-verification: google02095b091fbef8f1.html F1: HAMILTON E LECLERC, QUEM REALMENTE FOI O CULPADO? A VERDADE POR TRÁS DA CORRIDA

F1: HAMILTON E LECLERC, QUEM REALMENTE FOI O CULPADO? A VERDADE POR TRÁS DA CORRIDA

Mais uma vez, a Scuderia Ferrari deu uma verdadeira aula de como não se comportar como uma equipe de Fórmula 1 — o que é ainda mais constrangedor quando se trata de uma escuderia com tanto peso e tradição na categoria.

Charles Leclerc e Lewis Hamilton - Reprodução

O texto de hoje nasce a partir de um debate que movimentou a corrida e, principalmente, os rádios da equipe: afinal, quem estava certo? Lewis Hamilton ou Charles Leclerc? Ou será que estamos todos olhando para o lado errado da história?

Durante a prova, Hamilton — que estava com pneus médios, enquanto Leclerc usava os duros — sugeriu à equipe que deveria ultrapassar seu companheiro, já que apresentava melhor ritmo. A resposta da Ferrari foi manter o britânico atrás, o que gerou frustração e o comentário irônico de Hamilton: “Não é um bom trabalho em equipe”. Momentos depois, com a demora da equipe em tomar uma decisão, o heptacampeão disparou: “Façam uma pausa para o chá enquanto estão nisso”, num recado claro sobre a lentidão do pitwall.

Eventualmente, a ordem de troca foi dada. Mais adiante, quando Hamilton não conseguiu alcançar Antonelli, foi ele quem teve que devolver a posição a Leclerc. Mas a cereja do bolo veio aí: Leclerc foi avisado da troca antes de Hamilton, o que significa que o britânico simplesmente não sabia que deveria ceder a posição — e por isso, obviamente, não o fez de imediato. Quando foi finalmente informado, obedeceu. Leclerc, por sua vez, respondeu com um seco: “Vamos discutir depois da corrida”.

Enquanto isso, os dois brigavam apenas pelo sétimo lugar. Não havia uma disputa direta por pódio ou vitória. O que se viu, mais uma vez, foi a Ferrari completamente perdida em suas decisões, incapaz de liderar seus pilotos com clareza e agilidade. Eles seguraram Hamilton quando ele era mais rápido, e depois devolveram a posição a Leclerc sem nenhuma coordenação.

Essa sucessão de erros táticos mostra que nem Hamilton nem Leclerc estavam “chorando” no rádio — estavam frustrados, com razão. Executar estratégias já é difícil; fazer isso tentando interpretar um comando confuso vindo do pitwall é ainda pior.

Por isso, é injusto apontar o dedo apenas para os pilotos. A culpa não é de Leclerc ou de Hamilton. A Ferrari falha onde mais deveria ser sólida: na tomada de decisão. E por mais que a torcida queira ver uma rivalidade direta entre os carros 44 e 16, a verdade é que a equipe parece mais interessada em reagir tarde do que em agir certo.

Aliás, não é a primeira vez. Na China, Hamilton também cedeu espaço, Leclerc aproveitou, mas não conseguiu ir além. A história se repete: decisões lentas, estratégias frouxas e uma dupla de pilotos tentando salvar o que pode no meio do caos vermelho.

Seguindo nessa linha: ambos são grandes pilotos e nenhum deles agiu de forma equivocada. Não houve “choro” de nenhum dos lados — apenas frustração legítima diante de uma equipe desorganizada.